A Crítica de Paulo Franchetti à Lista da Fuvest


Em um recente artigo publicado no blog “A Terra é Redonda”, o renomado professor Paulo Franchetti, do Departamento de Teoria Literária da Unicamp, apresenta uma crítica contundente ao artigo publicado na Folha de S.Paulo, intitulado “A Fuvest e a marginalidade das escritoras”. O artigo da Folha foi escrito por Maria Arminda do Nascimento Arruda, Aluísio Cotrim Segurado e Gustavo Ferraz de Campos Monaco, respectivamente, a vice-reitora da USP, o pró-reitor de Graduação e o diretor-executivo da Fuvest.

A Crítica de Franchetti

Franchetti critica a falta de consistência do texto, a leviandade dos argumentos e a arrogância com que os autores tratam uma questão complexa. Ele questiona a afirmação de que “tradicionalmente, o cânone literário tem valorizado autores já consagrados”, considerando-a uma lapalissada ridícula. Ele também critica a empáfia presente no artigo, que sugere que a Universidade de São Paulo tem o poder de criar ou orientar o cânone literário.

A Questão das Listas de Leitura Obrigatórias

Um ponto importante levantado por Franchetti é a necessidade de listas de leitura obrigatórias. Ele argumenta que a prática de resumos é uma função direta da existência de listas e questiona a quem serve a lista de livros obrigatórios. Para Franchetti, a lista serve a uma ilusão de que a USP (ou a Unicamp, que também divulga listas) consegue influir positivamente no ensino médio. No entanto, ele argumenta que a indicação de livros em vez de problemas literários e culturais funciona no sentido inverso ao pretendido pelos autores.

A Visão Banal do Diretor-Executivo da Fuvest

Franchetti também critica a visão banal do diretor-executivo da Fuvest sobre o estudo e o ensino da literatura. Ele argumenta que a visão do diretor-executivo é tão banal quanto o artigo que ele subscreve com os outros autores. Franchetti sugere que talvez seja esse o nível da comissão que elaborou a lista, uma vez que nenhum membro dela assessorou minimamente as três autoridades, para evitar que se expusessem ao ridículo.

Conclusão

Essa é uma briga de cachorro grande. Eu só consigo observar e tentar aprender com cada linha argumentativa. Torço para que o debate possa evoluir de forma saudável e produtiva. A sociedade só tem a ganhar.

José Fagner Alves Santos

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