Auerbach argumenta que é possível analisar Homero, mas não é possível interpretá-lo. Ele afirma que Homero não precisa fazer alarde de verdade histórica em seu relato, porque a sua realidade é forte o suficiente. Auerbach também compara personagens bíblicos e gregos, e destaca a diferença entre as cosmogonias dos gregos e dos judeus. Ele argumenta que os personagens gregos vivem sob determinação do destino, enquanto os personagens bíblicos têm liberdade de escolha. Além disso, Auerbach usa o termo “opaco” para descrever os personagens épicos de Homero, mas isso não significa que eles sejam planos ou subdesenvolvidos. Em vez disso, ele argumenta que a falta de arbitragem nas causas é o que os caracteriza.
A cicatriz de Ulisses é um exemplo da riqueza de detalhes presentes na obra do bardo grego. Auerbach destaca a importância da descrição modeladora, iluminação uniforme, ligação sem interstícios, locução livre, predominância do primeiro plano, univocidade, limitação quanto ao desenvolvimento histórico e quanto ao humanamente problemático. Auerbach também enfatiza a interrupção da cena para narrar a origem da cicatriz e depois a retomada ao assunto inicial, onde Auerbach utiliza conceitos acerca deste assunto de Goethe e Schiller. A característica homérica de detalhar absolutamente tudo que é envolvido na cena volta a ser analisada e são utilizados trechos da Ilíada para enfatizar esse aspecto do estilo de Homero. O “retardamento” da cena, outra característica homérica, também é feito através da forma sintática utilizada pelo autor, que neste texto enfatiza o que já havia sido abordado anteriormente por ele, o fato de Homero só conhecer o primeiro plano.
Auerbach compara a forma de escrita de Homero com a da Bíblia, mostrando como cada um deles representa diferentes formas de conceber a realidade, a história e a cultura. A escrita bíblica é mais direta e por isso só são necessárias algumas palavras para descrever uma cena. Auerbach argumenta que a noção de Deus ou deuses é diferente entre os gregos e os judeus, o que reflete diretamente em suas obras. A escrita bíblica é mais direta e por isso só são necessárias algumas palavras para descrever uma cena.
A cicatriz de Ulisses é um vestígio de um contexto maior e que só “diz” o que “diz” a Euricléia porque está relacionada a outras relações com outros acontecimentos. A obra de Auerbach é uma referência para a análise crítica da literatura, e sua abordagem comparativa e histórica é uma ferramenta valiosa para entender a literatura em seu contexto cultural e social. Além disso, a obra de Auerbach é uma fonte de inspiração para escritores, que podem aprender muito com sua análise detalhada da linguagem e da narrativa. Auerbach mostra como a literatura pode ser usada para refletir a realidade e transmitir ideias complexas, e como a linguagem pode ser usada para criar mundos imaginários e fomentar a reflexão.
Auerbach apresenta uma análise crítica da literatura ocidenta e destaca as diferenças entre as cosmogonias dos gregos e dos judeus. Ele também compara personagens bíblicos e gregos, e argumenta que os personagens gregos vivem sob determinação do destino, enquanto os personagens bíblicos têm liberdade de escolha. Além disso, Auerbach usa o termo “opaco” para descrever os personagens épicos de Homero, mas isso não significa que eles sejam planos ou subdesenvolvidos. Em vez disso, ele argumenta que a falta de arbitragem nas causas é o que os caracteriza.
Auerbach é um dos mais importantes críticos literários do século XX. Sua obra é uma referência para estudiosos da literatura, da filosofia e da história. Ele foi um dos primeiros a analisar a literatura de forma comparativa, destacando as diferenças entre as culturas e as épocas. Auerbach também foi um dos primeiros a analisar a literatura de forma histórica, mostrando como ela reflete as mudanças sociais e culturais ao longo do tempo.
“Mimesis” é uma obra monumental que influenciou muitos críticos literários e escritores. Auerbach apresenta uma análise detalhada de obras literárias importantes, como a Ilíada e a Bíblia, e mostra como elas refletem as culturas em que foram escritas. Ele também destaca a importância da linguagem na literatura, mostrando como ela pode ser usada para criar mundos imaginários e transmitir ideias complexas.
José Fagner Alves Santos
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