Era uma manhã ensolarada no Instituto Federal do Rio de Janeiro. O campus estava agitado com o início do semestre letivo de 2023. Professores e alunos se apressavam para suas respectivas salas de aula, ansiosos para começar mais um dia de aprendizado.
No meio da multidão, uma figura se destacava. Era a professora de “Formação do leitor e letramento literário” no curso de Pós-graduação Lato Sensu em Estudos Linguísticos e Literários. Ela caminhava com passos firmes e determinados, segurando uma pilha de livros e anotações. Seus alunos, profissionais de Letras que atuavam na Educação Básica, a aguardavam ansiosos. Eles sabiam que ela não era apenas uma professora, mas uma mentora que os guiaria através dos desafios do ensino de literatura.
A professora, cujo nome era Helena, tinha uma paixão ardente pela literatura. Ela acreditava que a literatura tinha o poder de transformar vidas, de abrir mentes e de inspirar as pessoas a verem o mundo de uma nova perspectiva. Mas ela também sabia que o ensino de literatura era um desafio. Como transpor para a sala de aula todo o saber teórico? Como fazer com que os alunos se apaixonassem pela literatura tanto quanto ela?
Para ajudar seus alunos a enfrentar esses desafios, Helena sempre trazia para a sala de aula uma seleção de livros que considerava essenciais para qualquer professor de literatura. Entre eles, dois se destacavam: “Ensinando literatura: a sala de aula como acontecimento”, de Fabio Akcelrud Durão e André Cechinel, e “Leitura de literatura na escola”, organizado por Maria Amélia Dalvi, Neide Luzia de Rezende e Rita Jover-Faleiros.
Esses livros, segundo Helena, eram ferramentas poderosas para ajudar os professores a refletir sobre suas práticas e a encontrar novas maneiras de ensinar literatura. Eles abordavam questões cruciais, como a crise no ensino de literatura, a importância da leitura das obras em vez do ensino pelos estilos de época, e a necessidade de evitar transformar a aula de literatura em aula sobre Teoria Literária ou sobre História da Literatura.
Mas Helena sabia que os livros, por mais úteis que fossem, não eram suficientes. O ensino de literatura exigia mais do que apenas conhecimento teórico. Exigia paixão, criatividade e, acima de tudo, a capacidade de inspirar os alunos a amar a literatura tanto quanto ela amava. E foi com esse pensamento em mente que Helena entrou em sua sala de aula, pronta para mais um dia de ensino e aprendizado. Ela estava determinada a fazer a diferença na vida de seus alunos, a ajudá-los a se tornarem não apenas professores de literatura, mas verdadeiros amantes da literatura. E ela sabia que, para isso, teria que enfrentar muitos desafios. Mas Helena estava pronta. Ela sabia que a jornada seria difícil, mas estava disposta a enfrentá-la. Afinal, como ela sempre dizia aos seus alunos, “ensinar literatura não é fácil, mas é a coisa mais gratificante que você pode fazer”. E com essa convicção, Helena começou sua aula, pronta para enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente.
A aula começou com uma discussão animada sobre o livro “Ensinando literatura: a sala de aula como acontecimento”. Helena fez questão de destacar a importância de evitar transformar a aula de literatura em aula sobre Teoria Literária ou sobre História da Literatura. Ela argumentou que a literatura é uma forma de arte que deve ser apreciada por si só, e não apenas como um objeto de estudo acadêmico.
No entanto, nem todos os alunos concordaram com ela. Alguns argumentaram que a teoria literária e a história da literatura são ferramentas essenciais para entender e apreciar a literatura. Eles acreditavam que, sem essas ferramentas, a literatura se tornaria apenas uma forma de entretenimento superficial, sem profundidade ou significado.
Helena ouviu atentamente os argumentos de seus alunos. Ela sabia que eles tinham pontos válidos. Afinal, a teoria literária e a história da literatura são campos de estudo importantes que oferecem insights valiosos sobre a literatura. No entanto, ela também acreditava que a literatura é mais do que apenas um objeto de estudo. É uma forma de arte que tem o poder de tocar as pessoas em um nível emocional, de fazer com que elas vejam o mundo de uma nova perspectiva.
A discussão se intensificou. Os alunos começaram a questionar a abordagem de Helena para o ensino de literatura. Eles argumentaram que, ao se concentrar demais na apreciação da literatura como uma forma de arte, Helena estava negligenciando a importância do estudo acadêmico da literatura.
Helena se sentiu desafiada. Ela sabia que seus alunos estavam apenas tentando entender melhor a literatura e como ensiná-la efetivamente. No entanto, ela também sentiu que eles estavam perdendo de vista o que torna a literatura tão especial: sua capacidade de tocar as pessoas em um nível emocional, de inspirá-las a ver o mundo de uma nova perspectiva.
Ela se perguntou como poderia convencer seus alunos de que a literatura é mais do que apenas um objeto de estudo. Como ela poderia mostrar a eles que a literatura é uma forma de arte que tem o poder de transformar vidas? Como ela poderia fazer com que eles vissem a literatura da mesma maneira que ela via?
Enquanto a discussão continuava, Helena se sentiu cada vez mais frustrada. Ela sabia que tinha que encontrar uma maneira de resolver esse conflito. Ela sabia que tinha que encontrar uma maneira de mostrar a seus alunos o verdadeiro valor da literatura. Mas como ela poderia fazer isso? Como ela poderia convencer seus alunos de que a literatura é mais do que apenas um objeto de estudo, que é uma forma de arte que tem o poder de transformar vidas?
Foi então que Helena teve uma ideia. Ela decidiu organizar uma atividade na qual os alunos teriam que escolher um livro de sua preferência e apresentá-lo para a turma, não como um objeto de estudo acadêmico, mas como uma obra de arte que os tocou de alguma forma.
Os alunos aceitaram o desafio. Eles escolheram livros que amavam e passaram as próximas semanas preparando suas apresentações. Quando chegou o dia das apresentações, Helena ficou impressionada com o que viu. Os alunos falaram sobre os livros com paixão e entusiasmo. Eles falaram sobre como os livros os fizeram rir, chorar, pensar e sonhar. Eles falaram sobre como os livros os ajudaram a ver o mundo de uma nova perspectiva.
Foi nesse momento que Helena soube que tinha conseguido. Ela tinha mostrado aos seus alunos que a literatura é mais do que apenas um objeto de estudo. É uma forma de arte que tem o poder de tocar as pessoas em um nível emocional, de inspirá-las a ver o mundo de uma nova perspectiva. E isso, para Helena, era a verdadeira vitória.
Esse é um texto completamente ficcional.
José Fagner Alves Santos
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